quinta-feira, 27 de maio de 2010

Stalkers e praticantes de cyberbulling são ameaças a "new faces"

Enquanto muitas “new faces” se preparam para brilhar no Fashion Rio, nesta semana, aspirantes a modelo sonham com o glamour de tops como Carol Trentini, Gisele Bündchen e Alessandra Ambrósio. Mas conquistar sucesso na moda é bem difícil e muita gente alta, magra e linda passa anos nadando para morrer na praia. Os comentários nos castings não são dos mais carinhosos, os estilistas dão chiliques, os padrões mudam de tempos em tempos e, no começo, todo mundo tem que trabalhar de graça. E, como se esses apertos não fossem o bastante para essas meninas e meninos, a era da informática trouxe mais problemas para a vida deles.

Por terem a imagem frequentemente exposta na internet, modelos estão sujeitos a toda sorte de malucos virtuais. Stalkers (pessoas que bisbilhotam outras na web), cyberbullying, pedofilia e golpes são os problemas mais frequentes. A modelo Stefanie Wassermann, 16 anos, de Santos (SP), deu pulos de alegria quando foi chamada para desfilar para o cabeleireiro Celso Kamura com roupas de Alexandre Herchcovitch, no ano passado. Na hora de se vestir, ela e as outras meninas ficaram sabendo que usariam peças transparentes. “Teve menina que reclamou e falou que não ia fazer o desfile, mas eu adorei. As roupas eram lindas! E minha mãe também não viu problema algum”, lembra.

Novos e velhos golpes


Você já recebeu scraps de agências de modelos convidando para fazer um book? Ou um photoshooting, um desfile, uma campanha para a Chanel e mais um monte de promessas sensacionais? Se sim, não se sinta tentada a se tornar a nova Raquel Zimmermann ou o próximo Rodrigo Hilbert. Pode ser um golpe como o que aconteceu com Nilson Junior, que hoje tem 20 anos.

No começo da carreira, antes de ter contrato com uma grande agência, o modelo recebeu um e-mail de uma suposta agência de São Paulo dizendo que havia sido selecionado para fazer parte dela. “Eles acharam meu email no Orkut, escreveram pedindo meu telefone e eu passei”, conta. “Depois, ligaram e falaram que só poderiam me aprovar se eu fizesse um depósito. Depositei R$ 1.200 e eles sumiram com o dinheiro”. Só então ele foi buscar informações sobre a tal empresa. “Descobri que ela era fantasma. Mas, na época, isso não passou pela minha cabeça porque eu era novo na área. Aquele dinheiro estava guardado e acabou fazendo falta”.

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